Apesar de divergirem, serem concorrentes e baterem de frente na conquista pelo telespectador, SBT, Record, Band e RedeTV! concordam em um ponto: a veracidade da audiência aferida pelo Ibope (única empresa no Brasil que presta o serviço de verificar quantos aparelhos de TV estão ligados e em que canal sintonizam) é altamente questionável. A reclamação é sempre a mesma: os índices de audiência obtidos pela Globo estão quase sempre acima dos atribuídos às demais emissoras, independente do que é exibido.
Vez ou outra, surgem oportunidades nas quais a credibilidade do Ibope é posta à prova. Pelo twitter, é comum ver diretores, produtores, roteiristas e coordenadores de programação reclamando do Ibope. O autor Tiago Santiago, que escreve a novela Amor e Revolução no SBT, é um dos que mais mostra insatisfação com a medição de audiência. Santiago já chegou até a apostar o próprio nome caso os números de sua novela não subam. Até agora, segundo o Ibope, continuam no patamar de 4, 5 pontos.
Essa exclusividade, no entanto, está severamente ameaçada. Segundo informação da Folha de São Paulo, a Nielsen, empresa americana de medição de audiência, começa a se instalar no Brasil e prometeu prazos relâmpagos para entrar em operação. Assim que o serviço estiver disponível para contratação, o prazo para o início do fornecimento de números será de até dois meses. O objetivo é atender à crescente demanda das emissoras insatisfeitas.
Com a concorrência no mercado da medição de audiência estabelecida, mudanças no cenário da TV no Brasil serão consequência direta. Todo o mercado publicitário estrutura suas ações de veiculação de comerciais com base nos números do Ibope. Se esses dados passarem a ser questionados, o valor de inserções publicitárias vai ser drasticamente alterado.
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