Esta semana será de reuniões na Record para a avaliação final dos trabalhos nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. A ideia é apontar os erros e os acertos e se preparar para as Olimpíadas de Londres, no ano que vem. Integrantes da comitiva que esteve no México reconhecem que muitas coisas não saíram como devia, mas ressaltam alguns pontos positivos e o avanço da emissora na cobertura de grandes eventos esportivos.
O que mais incomodará a alta cúpula da Record será a audiência, mesmo com os levantamentos que apontam a entrada de um público das classes A e B e a manutenção da vice-liderança no prime-time. Os índices não foram tão acima do que a emissora costuma marcar nos horários em que os jogos foram transmitidos e estão longe dos sonhos dos executivos da Barra Funda. Desde o início do ano, nas conversas mais informais, os jornalistas eram bombardeados com a projeção de que durante o Pan-Americano a Record ultrapassaria a Globo com jogos no horário nobre. O cenário desenhado lá atrás não se concretizou, nem na quinta-feira quando a Seleção Brasileira de Futebol Feminino disputou a medalha de ouro.
O maior estrago
Nas reuniões de avaliação dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara um assunto será obrigatoriamente analisado: até que ponto um evento esportivo pode prejudicar a grade da emissora. Os números mostram que a estratégia de alterar o horário de “Rebelde” derrubou em 28% a audiência da novela. Entre os dias 03 e 14 de outubro, a trama oscilou entre 8,1 e 9,8 de média. No dia 17, no início da competição, “Rebelde” foi transferida para a faixa das 18h e despencou para 6,7. Na terça, seu desempenho foi pior (5,9) e obrigou a Record a colocar a trama às 19h a partir da quarta-feira. Mas a audiência não reagiu muito, oscilando entre 5,9 e 7,6.
Veja o gráfico de audiência e entenda como foi a reação do público à mudança de horário promovida pela Record:
Parabólica – Por José Armando Vannucci
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